quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Apaguei a luz da Lanterna...fechei minhas palavras e escuto, nada mais.
Aqui fora o silêncio dá o tom e ampara por um fio a escuridão.
Meus versos, uma forma evasiva, arrepio, tontura, espasmo... 
são o resultado dessa conta de chegar: razão mais sentimento procurando paz... e vê: noves fora, zero!

As estrelas que escaneio com o olhar, com certeza tiram-me da estagnação, eu as espero a cada anoitecer.
Essa beleza que embriaga as retinas faz a diferença e obriga-me declarar coisas que me fascinam, idiossincrasias  e preferências.
Os açoites nocturnos me alucinam e pela noite me apaixono docemente.
De dia sou um frágil formulário; de noite, sou devaneio, poesia.
Posso rever-me neste espelho, numa noite com recheio de lua.
Meu avesso em carne viva por certo abre-se, desnuda-se e mostra minha imagem crua, sem couro, sem máscara, crucial e verdadeira...
E é isso tudo o que eu quero: se de dia me questiono; já de noite me completo, no chumbo quente e na neblina.
Meu ouro rompe a semente quando me entrego a essa magia, numa profunda e reluzente nostalgia. 
Nesta bela estiagem de Verão dispenso o sol e todas vantagens: e saio a perseguir estrelas cadentes...



p.s Carpe Diem

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